domingo, 24 de maio de 2009

Orgânico não é vivo

E não venha me convencer que pirulito é fenol, mini-colméia é naftaleno e sol é benzeno porque eu não acredito em nada!

domingo, 17 de maio de 2009

Sandice

O que todos mais querem hoje é provar para Deus e o mundo que não são normais. A loucura está na moda. É novela, é filme, é orkut, é música, é tudo: uma negação absoluta da normalidade. Hoje em dia ninguém é aceito socialmente se não se declarar ao menos "meio maluco". Eu acho que as pessoas se desiludiram da normalidade. Eu vejo gente caçando sandices em tudo que é lugar para poder afirmar: "sou autista/esquizofrênico/transtornado/louco (ou coisa que o valha". Mas o que é isto, meu Deus?
Há uns vinte anos chamar alguém de louco era ofensa. As famílias em que realmente existiam casos de distúrbios mentais rapidamente se ocupavam em esconder aos olhos da sociedade tal situação. Hoje não: ser bipolar é um charme. Será que de algumas décadas para cá a pressão do mercado de trabalho, o stress ou a mídia fizeram uns 80% da sociedade enlouquecer? Creio que não.

Alguém instituiu "normalidade" como sinônimo de "padronização". Como padronização é um termo cada vez mais carregado de carga pejorativa, o que todos querem é fugir disto. Então acontece uma verdadeira "caça à doença", isto é, procurar qualquer ínfima diferença que os isole da massa. Acontece que sempre vai existir uma diferença. E isto é o que há de mais comum.

É lógico que eu sou contra o preconceito com os doentes mentais. Acontece que o que está ocorrendo é a perfeita banalização destas doenças. Ora, se todo o mundo se declara "meio esquizofrênico", será que um esquizofrênico verdadeiro vai procurar se tratar - e levar a sério este tratamento? Ou pior: será que não demora muito até o sistema de saúde estar abarrotado de pseudo-transtornados (que podem ocupar os lugares de quem realmente precisa)?

Que modinha de anormalidade é essa? Não há nada mais comum do que ter certas atitudes que fujam do que você acha que é "o padrão". Oh, meus amigos: somos perfeitamente normais. Espetáculos da lucidez. Absolutamente sãos.


Graças a Deus.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Descoberta




"Ninguém se apaixona por ninguém. O que as pessoas sentem é encanto pelo que são quando estão em determinada companhia."
Laila Natal
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Pintura: Narciso, de Caravaggio