sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Orgânico

Quem me conhece, conhece os meus poetas.
Nas minhas veias corre caligrafia,
corre tinta de suas canetas.

Músculos, tendões, junções de ossos:
tudo rima, tudo letras.
Aspiro verso, expiro prosa.
Coração bate métrica.
Olhos, boca, ouvidos,
Infinitude de sentidos
Cheiram, engolem, sentem
Lirismo.

A poesia não vem de mim
Eu é que vou para ela.
Não sou poeta:
Eu sou da poesia.

6 comentários:

Ste disse...

Verdade absoluta! Você é a pessoa mais literária que eu já conheci, ganha disparada! :D

Laila disse...

Ste, vc é uma fofa!

Lercio Lins disse...

Você é poesia!!! Belo poema. Abraço

Serrano disse...

Se eu tivesse essa veia poética...

Abner Martins disse...

a poesia está em mim!
lindo!

abnerlmesmo.blogspot.com

Horário Extra - Português disse...

"Requinte da simplicidade" de volta na poesia! hehe

O quarto verso me fez lembrar Augusto dos Anjos, e o restante algo de Bandeira.

Ótimo título, metapoema de luxo!

bjus