segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Blog Day 2009


Ladies and gentleman, this is blog day 2009!! Este dia é dedicado para blogueiros all over the world conhecerem e divulgarem blogs alheios, para uma maior interação na blogosfera.
As regras são as seguintes: cada um deve indicar em seu blog cinco blogs alheios, de preferência que tratem de assuntos e culturas diferentes da sua.
Vou postar aqui então alguns blogs que visito sempre e que acho excelentes, cada um dentro da sua área específica.

Começarei com um blog projeto: o Livro sem Fronteiras, escrito pelo Fernando Monção, que tem o plano de transformar Valença na Cidade da Leitura. Não preciso nem dizer que apóio completamente.

O próximo contemplado é sobre entretenimento em geral temperado com muita cultura otaku: o Chamando o Coringa, do Marcus Orochi.

Apesar de ser muito suspeita para indicar este blog, faço-o mesmo assim e recomendo o Lamento de um Blue, da colega Dora, que fala de forma muito profunda de boa música, literatura e pensamentos em geral.

Consta também o D. Quixote em Valença, blog do Sanger, que apesar da tendência política oposta à minha discorre brilhantemente sobre os acontecimentos populares de Valença, do Brasil e também dos particulares.

Agora cito o Comuna Virabossa, que tem textos inteligentes e muito bem escritos sobre música e História, além da "cultura e contracultura" mantido pelos irmãos Virabossa.
Estão aí, todos devidamente aprovados pela moça do Banquinho, prontos para serem lidos pelos senhores. Façam bom proveito!

sábado, 22 de agosto de 2009

"Pega a faca e mata!"

Outro dia me deparei com o álbum mais ferrenhamente vegetariano que já vi. 95 fotos de pura militância anticarnívora. Quando cheguei à 40ª foto, já estava considerando a hipótese de me tornar herbívora até que ouvi o chamado de "quem quer hambúrguer!?" e fim da história.

Neste meu curto tempo de vida até agora já ouvi absurdos como "eu não como carne, só como picanha" e "eu sou vegetariana, mas como nuggets". Claro que isso dá o que pensar. As pessoas não comem carne por diversos motivos, algumas por gosto, outras pelo peso e muitas por filosofia de vida. Gosto e peso são problemas muito pessoais, então vamos à filosofia.

É comum ouvir grandes dissertações sobre as emissões de metano causadas pelas criações de gado mundo afora. Acontece que os aterros sanitários, onde é depositada a maior parte do lixo orgânico mundial, emitem muito mais metano. E o lixo orgânico, além de restos de carne, inclui também saudáveis e puros restos e cascas de vegetais e frutas. Ainda sobre o monstruoso aquecimento global, é importante dizer que os adorados computadores em que os respeitáveis vegetarianos divulgam suas idéias verdes são produzidos em sua maioria por empresas de capital norte-americano, sendo que os EUA nem assinaram o protocolo de Kyoto.

Outro argumento muito comum é a crueldade com os animais, e é aí que eu chego ao verdadeiro assunto do texto: a crueldade. A crueldade está cada vez mais cruel. Se hoje eu digo que não dispenso um bom churrasco, que o queijo não é a mesma coisa sem o presunto e que não tem palmito que substitua um molho à bolonhesa tem gente pronta para me chamar de assassina. Porém, muitos fecham os olhos para as crueldades cometidas nas touradas, nos rodeios, nos circos, nas rinhas de galo e nos reality shows que divertem todo o mundo.

Reality shows? É, eles mesmo. Afinal, o que poderia render mais Ibope que tortura humana, seja ela física ou psicológica? Que tipo de humanidade senta no sofá para assistir pessoas comendo olhos de cabra, embriões de pintinhos, peixes vivos e outros "alimentos"? Todos prontos para passar por cima dos seus escrúpulos, dos seus valores e dos seus limites para ganhar altas somas de dinheiro. E os filmes? As tropas de elite da vida? Tortura esgota bilheterias.
Crueldade.
E antes que venham com grandes discursos dizendo que a culpa é do capitalismo, que ele torna as pessoas selvagens, estejam os senhores leitores devidamente lembrados que as execuções públicas já eram atração há mais de 2 mil anos e que os combates entre cavaleiros divertiam a sociedade feudal.
A crueldade parece quase inerente. Se a humanidade não evoluiu a ponto de se tornar boa consigo própria, imagine tornar-se piedosa para com os animais. Antes defender a própria espécie! Se bem que, com essa crueldade toda, nem sei porque me dou ao trabalho.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O Baú de Espantos e o PC

Se cada um de vós, ó vós outros da televisão
- vós que viajais inertes
como defuntos num caixão -
se cada um de vós abrisse um livro de poemas...
faria uma verdadeira viagem...
Num livro de poemas se descobre de tudo, de tudo mesmo!
- Inclusive o amor e outras novidades.
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Invitatión au voyage, Mário Quintana em Baú de Espantos.
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Quando Baú de Espantos foi publicado, em 1986, Quintana, os poetas e o mundo estavam preocupadíssimos com o quanto as pessoas renunciavam à "vida lá fora" em nome da televisão.
Pobre Quintana, pobres poetas, pobre mundo! Eles não esperavam pelo personal computer! Ou pelo menos não pelo sucesso que este faria. Nossos amados computadores agora são muito mais do que tvs: são também tvs e são livros e são rádios e são vitrolas, telefones, máquinas fotográficas, amigos e amores.
Bom ou ruim? Outros já falaram sobre isso mais e melhor que eu, então não vou perder meu tempo e o leitor também provavelmente já tem sua opinião formada.
Na verdade, me alongo à toa. Este poema é a minha desculpa. Tenho ficado muito tempo sem postar e fico me sentindo culpada. Mas é por nobre causa! É pela nobreza de um livro de poemas, de uma composição do Villa-Lobos e da companhia dos amigos.
Ó, leitor! Vá abrir um livro de poemas! Me sinto honrada com a sua companhia, mas não deixe seus poetas, seus músicos, seus amigos e amores para ficar no computador! Vá para eles! E quando estiver cansado ou tiver vontade, volte. Nos veremos de novo, ambos ainda mais repletos de poesia, de música, de amizade e amor.
Boa viagem.